sexta-feira, 13 de março de 2009

A Igreja e a Realidade!

Sabe, não é difícil ver que há um grande desequilíbrio e as coisas não estão bem.
Eu sei disso mais pra mim, eu acho que atinge meu lar se eu parar e pensar nesse momento.
Porque está acontecendo agora mesmo. No mesmo momento você tem uma geração que se reúne, se diverte assistindo reality shows, os quais para ser honesto, são qualquer coisa menos reais, você tem uma criança que está se prostituindo à portas fechadas e roubadas de sua inocência, não é justo que nós consumamos cada oferta material que aparece enquanto a viúva e o órfão são excluídos do espaço de dignidade de vida, porque são vitimas de um conflito que simplesmente não é deles.
Não é justo que sejamos uma geração que vem aumentando o seu grau de obesidade e ao mesmo tempo há 30 mil pessoas que morreram hoje por falta de comida.
Não é justo que nós não temos problemas em gastar 3, 4 reais no que é basicamente água de torneira filtrada numa garrafa que tem um rotulo bacana, enquanto temos comunidades inteiras que sofrem nas mãos da doença, pois a única água que tem acesso é estagnada e poluída.
Não é justo que nós possamos cantar, dançar e sair pulando na nossa liberdade e ao mesmo tempo os escravos permanecem cativos, fora da visão e fora da consciência.
Não é justo que nós possamos sentar e ver as notícias da tarde no conforto da nossa sala e sentir dó daqueles que vivenciaram uma tempestade, um terremoto ou uma enchente e simplesmente acharmos triste, mudar de canal e fazermos um lanchinho
E justo passar por um mendigo e não lhe dar nada com a desculpa de que vai gastar com álcool ou cigarros ou sugeri que ele se mexa e arranje um emprego?
Quem somos nós para julgar o alcoólatra ou a prostituta, o viciado ou o criminoso como se fossemos melhores?
Quem somos nós pra esquecer o injustiçado ou o oprimido ou o marginalizado enquanto nos focamos em alcançar um sonho?
Nós vemos esse desequilíbrio e dizemos “Cara isso não ta certo, isso não é justo” mais estamos ausentes para mudar tudo que fazemos, porque para nós fazermos algo mais começa a custar, e estamos acostumados com tudo isso e resolvemos esquecer.
E é assim que termina, e então talvez seja justo dizer que quando ignoramos a prostituta infantil, estamos na verdade estendendo a mão para seu abuso, e quando nós ignoramos a viúva e o órfão em sua desgraça estamos na verdade acrescentado-lhes dores, quando ignoramos o escravo que permanece cativo somos nós que os escravizamos, quando esquecemos dos refugiados somos nós que os desabriga, e quando escolhemos não ajudar os pobres e os necessitados estamos na realidade roubando-lhes.
Talvez a única coisa que seja justo dizer é que quando nós abandonamos os mandamentos dobre isso estamos na realidade abandonando a Deus...

Um comentário:

  1. Essa é uma realidade que não podemos negar. Mas o que temos feito? Qual tem sido a nossa prática no combate ao crack, à prostituição infantil e às demais drogas. Quando penso nisso, vejo que ainda tenho muito a fazer.

    Paz e Graça.
    Parabéns pelo Blog.

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